Toastmaster não é uma torradeira … é o saca-rolha da comunicação

by | Jul 12, 2015 | Histórias

Essa é a resposta que dou com mais frequência às pessoas que brincam quando faço referência ao clube que frequento aqui na Flórida.

Confesso que no início eu não entendia muito bem o motivo desse nome. Mas ao pesquisar descobri que o Toastmasters começou como uma série de clubes de linguagem organizados pelo diretor de educação do YMCA (Associação Cristã de Moços) em Bloomington, Illinois. Ele percebeu que naquela comunidade havia a necessidade das pessoas aprenderem a falar, conduzir reuniões, programas e planos de trabalho nas comissões e resolveu ajudá-los.

A primeira reunião não oficial foi realizada no dia 24 de março de 1905. Assim como as reuniões que acontecem hoje, os participantes se revezavam fazendo algum tipo de discurso, contando uma história, ou simulando uma apresentação e Smedley juntamente com os homens mais velhos e mais experientes avaliavam os discursos curtos, enquanto os mais jovens eram convidados a participar das avaliações. O clube foi fundado oficialmente em 22 de Outubro de 1924.

Simples, não? Nem tanto…

Percebo que quando tento explicar o que faço ou aprendo no Toastmasters, as pessoas deduzem imediatamente que meu objetivo é me tornar uma palestrante, uma oradora, uma pessoa que faz discursos por trás de um púlpito para um público seleto. Então eu preciso explicar que não é isso. Os objetivos de cada sócio do clube são infinitamente diferentes uns dos outros.

O clube está completando 90 anos e tem suas raízes solidificadas no mundo todo através de 14,650+ clubes, dos quais 8,500+ somente nos E. Unidos, tem em suas lista nomes de corporações de peso. Algumas delas: American Express, Apple, AT&T, Coca-Cola, Disney, Google, IBM, Johnson & Johnson, Microsoft, Sony e Toyota.

Ontem, ao participar de um evento importante aqui em Boca Raton, enquanto assistia as diversas palestras que tive o privilégio de atender, eu pensava em como essas informações precisavam chegar aos meus leitores do brasileirinho.com. Pessoas que ao longo desses 26 anos eu tive oportunidade de ouvir suas histórias, seus relatos sobre como tentaram realizar o sonho americano, os exemplos de sucesso. Mas principalmente, eu lembrava das pessoas que não conseguiram ter o mesmo êxito. Umas voltaram para o Brasil e outras estão ainda circulando; muitas delas em trabalhos alternativos porque simplesmente não tiveram a ajuda necessária para aprimorar o talento com o qual nasceram ou desenvolveram ao longo da vida, graças ao seu sonho. E pude ver claramente como aquelas palestras teriam sido de extrema ajuda para aquelas pessoas.

Todos os palestrantes eram excepcionais mas eu destaco Donald Kelly, que falou sobre o Controle do Medo. Aquele medo que faz com que pessoas rejeitem veementemente uma oferta de trabalho na área de Vendas, por exemplo. Imaginei empresas que contratam quem não tem medo de se comunicar mas não tem talento algum para falar sobre o que quer vender. Empresa e funcionário acabam perdendo mais cedo ou mais tarde. A Empresa porque não quis investir em treinamento e o funcionário porque não acreditou que tal treinamento era importante.

O oposto também é verdadeiro: candidatos que apesar de serem excelentes profissionais, apesar de dominarem totalmente as técnicas que envolvem sua especialidade, ou o produto que vendem ou mesmo a mensagem de otimismo que precisa ser passada para uma comunidade, são descartadas pela empresa só porque o entrevistador percebe que o candidato tem medo de falar.

Nesse momento eu pensei: se naqueles 50 minutos o Donald Kelly conseguiu explicar técnicas similares as de Programação Neurolinguistica, as quais só agora eu começo a entender graças ao trabalho que o meu “Life Coach” está realizando em mim mesma, imaginem o que ele não conseguiria fazer no seu dia a dia com os que o cercam!

Quantas pessoas que estão participando de um evento social onde ele está presente, por exemplo, saem de lá com sua auto estima nas nuvens e prontas pra trabalhar num Call Center, por exemplo? Ele precisou fazer algum discurso para fazer a diferença na vida daquela pessoa? Claro que não!

Eu já trabalhei em Call Center e sei de que medo estou falando.

Hoje pensei em dividir essa experiência com os leitores do nosso Blog, porque estou convencida de que esse é um tema de extrema importância para quem quer abrir um negócio ou para quem quer se candidatar a qualquer cargo numa empresa. Fiz várias anotações com muitas dicas importantes, as quais preciso passar a limpo ou colocar em ordem para uma futura postagem. A cada detalhe que me era explicado, eu conseguia visualizar situações idênticas na vida real dos meus pares.

Mas isso é papo para um próximo artigo. Bons negócios e boa sorte!

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